quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
“As palavras são portas e janelas. Se debruçarmos e reparamos, nos inscrevemos na paisagem. Se destrancarmos as portas, o enredo do universo nos visita. Ler é somar-se ao mundo, é iluminar-se com claridade do já decifrado. Escrever é dividir-se. Cada palavra descortina um horizonte, cada frase anuncia outra estação. E os olhos, tomando das rédeas, abrem caminhos, entre linhas, para viagens do pensamento. O livro é passaporte, é bilhete de partida”.
Amanhã (16/02) completa um mês que a Literatura está em luto, um mês sem o mestre da prosa poética: o escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós.
Os 66 anos estão inscritos numa história de dedicação e compromisso com a leitura. Queirós publicou mais de 40 livros, sendo alguns deles traduzidos para o inglês, espanhol e dinamarquês, ocupava a Cadeira 26 na Academia Mineira de Letras (AML) e participou de importantes projetos de leitura no Brasil, como o Proler.
O escritor é um dos mais premiados escritores mineiros dos últimos tempos. Recebeu o Prêmio Cidade de Belo Horizonte, Prêmio Jabuti, Selo de Ouro, da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil, Diploma de Honra da IBBY, de Londres, Prêmio Rosa Blanca (Cuba), Quatrième Octagonal (França), Prêmio Nestlé de Literatura, Prêmio Academia Brasileira de Letras, entre muitos outros.
Suas obras destinam-se, principalmente, ao público infanto-juvenil, entretanto a qualidade da escrita transcende e atrai leitores de todas as idades. Bartolomeu foi um intelectual, filósofo e poeta que fez do ofício de escritor e da arte literária uma ação política, por sonhar um país mais digno. Saudade!
O Comitê LetrAÇÃO homenageia Bartolomeu Campos de Queirós reproduzindo o vídeo “Manifesto por um Brasil literário” e apresentando em nossa barra lateral o conto “A menina que sonhava em ter a Lua”.
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