quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Prata da casa: Taís Rocha


Meu nome é Taís Rocha Silva. Tenho 19 anos. Resido em São Gonçalo, no bairro das Palmeiras. Vivo com minha ex-madrastra, por quem tenho grande carinho e gratidão. Terminei o meu ensino médio no Colégio Estadual Conselheiro Macedo Soares, no Barreto, em Niterói. Estou em busca de nova oportunidade no mercado de trabalho. Meu sonho é ingressar na Marinha do Brasil e, para isso, faço curso técnico, também no Macedo Soares. Tenho aulas de violino, meu instrumento predileto, na FAETEC, no Barreto. Gosto muito de poesia. Ela entrou na minha vida quando eu buscava um sentido para viver, e continuo escrevendo. Pretendo ser escritora um dia. Acredito nisso e persevero na fé em Deus.




ILUSÃO AMBIENTAL

Eles elogiam nossas florestas
Mas só fazem desmatar
Ainda vão inventar sementes de oxigênio
E o Brasil será o primeiro a delas comprar

E quando o desmatamento doer no bolso
De quem manda desmatar
Irão ver como era barato
O ar que tinham para respirar.

Hoje a moda é reflorestamento
As campanhas arrecadam muito bem
É bom que gastem logo todo esse dinheiro
Antes que não sobre ar para mais ninguém.

E a nossa Amazônia tão amada
Com sua flora sem igual
A cada dia que passa
Sua escassez parece coisa natural.

Nosso país lutou para defendê-la
Quando a quiseram nos tomar
Mas os mesmos que a defenderam
Suas árvores estão a derrubar.

Neste momento me pergunto
O que realmente querem fazer
Não sabem se defendem ou destroem
O pouco que temos para sobreviver.

A canção vinda dos pássaros
O tropicalismo que fez nosso País famoso
Hoje é uma mera lembrança
Gravada no coração do povo.

Nossos bosques cheios de vida
Que nossas vidas enchiam de amores
Hoje só existem no hino de nossa pátria
Canção que esconde seus próprios rumores.

Se os portugueses ao Brasil voltassem
Se arrependeriam amargamente
Pois nada encontrariam de valor
Que pudessem tirar da gente.

Deram sorte de serem os primeiros
A encontrar o pau-brasil tão valioso
Pois hoje só encontrariam
A vasta ignorância do povo.

Povo que luta contra seu próprio bem
E destrói o que diz tanto amar
Que no presente acaba com suas florestas
Para no futuro pagar para respirar.

Mas somos o País do futuro
E no futuro tudo vai dar certo
Continuaremos a ser um país tropical
Com nossas florestas de concreto.

E quando nada mais restar
Dirão que a Amazônia  não passou de ilusão
De um povo que vive aprisionado
À sua própria imaginação.

Taís Rocha

1 comentários:

resenhando disse...

Parabéns Tais, você já uma escritora. Pois apesar da pouca idade demonstra um profundo conhecimento e faz bom uso da palavra.


Boa sorte!

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